
Quando eles chegaram, o Pai de Ògún disse: “Agora que vocês retornaram, eu posso viajar para resolver questões que tenho pendente. Assim, vocês deverão tomar conta de tudo e punir qualquer pessoa que cometer um crime. Aqui, não pode haver crimes”.
Diante das palavras do Pai, Ògún questionou: “Meu Pai, sim faremos como o senhor deseja, mas qual será a punição que devemos aplicar aos criminosos”?
O Pai de Ògún disse: “Ògún Pa Ori Ota Mi” (Ogun corte a cabeça dos nossos inimigos, dos criminosos). Ògún entendeu e acatou as ordens do seu Pai.
Com o passar do tempo, Ògún observou que no vilarejo havia uma pessoa (Alunipa) que ele suspeitava que cometia crimes e lançava a culpa em outras pessoas, mas Ògún precisava de provas.
Ògún, então, escolheu uma grande ovelha que pastava na cidade, cortou sua cabeça e deixou o corpo no vilarejo. Ògún pegou a cabeça da ovelha e escondeu na casa do seu irmão, retornando aonde havia deixado o corpo da ovelha.
Quando chegou, viu uma grande multidão ao redor da ovelha dizendo: “Quem será que fez isso, quem pode fazer isso”? O dono da ovelha chegou anunciando que todos deveriam ir até a casa de Alunipa, pois ele saberia quem fez aquilo, pois ele sempre sabia quem cometia os crimes.
Alunipa disse que quem fez aquilo, havia sido o irmão mais velho de Ògún, então, todos foram até lá.
Quando chegaram, encontraram a cabeça da ovelha no lugar onde Ògún havia colocado. Alunipa pegou o irmão de Ògún pela cabeça e disse: “Ògún, corte agora a cabeça dele”.
Ògún perguntou se Alunipa tinha certeza daquilo. Alunipa respondeu que sim, que sempre via o irmão de Ògún cometendo crimes na cidade. E disse: “Vamos Ògún, faça o que tenha que ser feito”.
Ògún nesse momento pegou seu Alada e puniu Alunipa. Todos ficaram aterrorizados, pois ele havia punido a pessoa errada.
Mas Ògún contou a história, esclarecendo que seu irmão não havia feito nada. A partir daquele dia, todos os criminosos sempre serão julgados pelo Alada de Ògún.
A partir daquele dia, ficou acordado que, jamais ninguém, em hipótese alguma mentiria para Ògún.
— comWaalter de Ogum e walter de ogum.